Versos Íntimos, de Augusto dos Anjos
A vida, um ambiente hostil habitado por feras.
amizade e carinho, prenúncios de traições e decepções futuras.

Versos Íntimos, um dos poemas mais famosos de Augusto dos Anjos, expressa um sentimento de pessimismo e decepção em relação aos relacionamentos interpessoais. O soneto foi escrito em 1912 e faz parte do único livro lançado pelo autor, intitulado “Eu”, quando ele tinha 28 anos.
O poema aborda a ideia de que as pessoas são ingratas e cruéis, comparando a vida a um ambiente hostil habitado por feras. O autor aconselha a se acostumar com a lama e a necessidade de se tornar uma fera também para sobreviver neste mundo cruel.
A linguagem usada por Augusto dos Anjos pode ser considerada uma crítica ao Parnasianismo, um movimento literário conhecido pela linguagem erudita e Romantismo exagerado. O poeta revela a dualidade da vida humana, destacando como as coisas boas podem rapidamente se transformar em más.
Cada estrofe do poema revela uma visão sombria da vida, sugerindo que a amizade e o carinho podem ser apenas prenúncios de traições e decepções futuras. O autor sugere cortar o mal pela raiz, evitando o sofrimento ao rejeitar quem um dia causará dor.
“Versos Íntimos” é um Soneto composto por quatro estrofes, sendo dois quartetos e dois tercetos, com rimas regulares. A estrutura do poema segue o estilo do Soneto francês, com a organização das rimas em ABBA/BAAB/CCD/EED.
Publicado em 1912 no Rio de Janeiro, o livro “Eu” é considerado uma obra pré-modernista (Pré-Modernismo) que reúne poemas melancólicos e cruéis. Dois anos após a publicação,Augusto dos Anjos faleceu aos 30 anos vítima de pneumonia, deixando um legado poético marcado pelo pessimismo e pela crueza das relações humanas. Encontre aqui
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