Resenha de Livros

Versos Íntimos, de Augusto dos Anjos

A vida, um ambiente hostil habitado por feras.

amizade e carinho, prenúncios de traições e decepções futuras.

Versos íntimos faz parte do livro Eu.

Versos Íntimos, um dos poemas mais famosos de Augusto dos Anjos, expressa um sentimento de pessimismo e decepção em relação aos relacionamentos interpessoais. O soneto foi escrito em 1912 e faz parte do único livro lançado pelo autor, intitulado “Eu”, quando ele tinha 28 anos.

O poema aborda a ideia de que as pessoas são ingratas e cruéis, comparando a vida a um ambiente hostil habitado por feras. O autor aconselha a se acostumar com a lama e a necessidade de se tornar uma fera também para sobreviver neste mundo cruel.

A linguagem usada por Augusto dos Anjos pode ser considerada uma crítica ao Parnasianismo, um movimento literário conhecido pela linguagem erudita e Romantismo exagerado. O poeta revela a dualidade da vida humana, destacando como as coisas boas podem rapidamente se transformar em más.

Cada estrofe do poema revela uma visão sombria da vida, sugerindo que a amizade e o carinho podem ser apenas prenúncios de traições e decepções futuras. O autor sugere cortar o mal pela raiz, evitando o sofrimento ao rejeitar quem um dia causará dor.

“Versos Íntimos” é um Soneto composto por quatro estrofes, sendo dois quartetos e dois tercetos, com rimas regulares. A estrutura do poema segue o estilo do Soneto francês, com a organização das rimas em ABBA/BAAB/CCD/EED.

Publicado em 1912 no Rio de Janeiro, o livro “Eu” é considerado uma obra pré-modernista (Pré-Modernismo) que reúne poemas melancólicos e cruéis. Dois anos após a publicação,Augusto dos Anjos faleceu aos 30 anos vítima de pneumonia, deixando um legado poético marcado pelo pessimismo e pela crueza das relações humanas. Encontre aqui

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Luiz Carlos Bucalon, nasceu em 12 de março de 1964, na cidade de Maringá-Pr. Em 1980, lançou, em edição independente, o seu primeiro livro de poemas, "Câncer Amigo". Seguiu escrevendo poemas, crônicas, contos, ensaios, teatro, humor, biobibliografias e romance. Foram trinta e quatro títulos publicados, pelo então poeta marginal -- contemporâneo a Paulo Leminnski e outros expoentes. Bucalon, além de escritor e editor, foi também declamador, palestrante e divulgador de sua própria obra, de cidade em cidade, no Brasil e na Argentina. Seu mais recente livro, "Só Dói Quando Respiro", de poemas, é de 2021, publicado digitalmente em formato e-book. Obras (muitas também em espanhol) - Poemas: Câncer Amigo, A Palavra é um Ser Vivo, A Corsária e o Vento Santo, Roda Viva, Madá Madalena, Novas Asas, Um Lapso no Tempo, Uma que não vejo, Outra que não toco, Poema a Quatro Mãos (com Nice Vasconcelos), Escrever é coisa de louco, Bailarina Madrugada, Poeta de Ruas e Bares, Poemarte, Na Barra de Santos, Era eu naquele quadro, A Rosa e o Espinho, Dia Noite e Chuva Por onde Andaluzia, Poeta Cigano, Rodoviárias São Corredores, A poesia diz rimada, Poesia Presa no Espelho, Poema se faz ao poemar Poesia líquida é música. - Romance, conto, teatro, ensaio, crônica: Em Busca do Amor, Lânguida e Felina, O Globalicídio Brasileiro, A Semente do Milagre, Mártires da Imortalidade, A vida entre outras coisas, A Praça da República, O Banco da Praça, Ali Naquele Bar. Saiba na página Home.

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