Literatura e Autores

Parnasianismo

O desenvolvimento tecnológico e a Revolução Industrial.

Alienação social e valorização da objetividade.

Valorização da razão e da ciência.

O parnasianismo é um estilo poético que surgiu na França no século XIX, em meio ao contexto da Revolução Industrial e do avanço tecnológico. Caracterizado pela objetividade, descritivismo e retomada de temas da Antiguidade clássica, os parnasianos valorizavam a razão e a ciência em suas composições.

No século XIX, o desenvolvimento tecnológico, associado à Revolução Industrial, destacou a importância da ciência na sociedade da época. O pensamento científico estava em alta, mostrando avanços como o barco a vapor, a locomotiva e o telégrafo. Apesar desse progresso, a disparidade social entre burguesia e proletariado gerava conflitos.

Enquanto a prosa realista abordava questões sociais, o parnasianismo se mantinha alheio a esses problemas, adotando uma postura de alienação social e valorizando a objetividade na composição poética. Influenciados pelo positivismo, os parnasianos acreditavam na supremacia da razão e na produção de uma “poesia científica” racional e objetiva.

O movimento parnasiano teve início com a publicação da coleção de poesias “O Parnaso contemporâneo” na França, reunindo textos que buscavam a objetividade e a beleza formal. No Brasil, o parnasianismo foi introduzido por Teófilo Dias com o livro “Fanfarras” e teve destaque com poetas como Olavo Bilac, Raimundo Correia, Alberto de Oliveira, Vicente de Carvalho e Francisca Júlia.

Caracterizado pelo antirromantismo, objetividade, rigor formal, resgate de temas clássicos e uso do polissíndeto (estilística), o parnasianismo defendia a arte pela arte, tendo a finalidade da poesia como a própria arte. Olavo Bilac se destacou como o principal poeta parnasiano brasileiro, apesar de sua poesias, por vezes, apresentar subjetividade, como no soneto “Via Láctea“, que descreve a transformação de um coração solitário em um coração apaixonado.

Assim, o parnasianismo foi um movimento poético que valorizou a razão, a objetividade e a estética formal, distanciando-se das questões sociais e políticas da época. Influenciado pelo contexto científico e tecnológico do século XIX, o parnasianismo deixou uma marca significativa na Literatura brasileira, com seus principais autores contribuindo para a consolidação desse estilo no país. Encontre aqui

luizbucalon


Luiz Carlos Bucalon, nasceu em 12 de março de 1964, na cidade de Maringá-Pr. Em 1980, lançou, em edição independente, o seu primeiro livro de poemas, "Câncer Amigo". Seguiu escrevendo poemas, crônicas, contos, ensaios, teatro, humor, biobibliografias e romance. Foram trinta e quatro títulos publicados, pelo então poeta marginal -- contemporâneo a Paulo Leminnski e outros expoentes. Bucalon, além de escritor e editor, foi também declamador, palestrante e divulgador de sua própria obra, de cidade em cidade, no Brasil e na Argentina. Seu mais recente livro, "Só Dói Quando Respiro", de poemas, é de 2021, publicado digitalmente em formato e-book. Obras (muitas também em espanhol) - Poemas: Câncer Amigo, A Palavra é um Ser Vivo, A Corsária e o Vento Santo, Roda Viva, Madá Madalena, Novas Asas, Um Lapso no Tempo, Uma que não vejo, Outra que não toco, Poema a Quatro Mãos (com Nice Vasconcelos), Escrever é coisa de louco, Bailarina Madrugada, Poeta de Ruas e Bares, Poemarte, Na Barra de Santos, Era eu naquele quadro, A Rosa e o Espinho, Dia Noite e Chuva Por onde Andaluzia, Poeta Cigano, Rodoviárias São Corredores, A poesia diz rimada, Poesia Presa no Espelho, Poema se faz ao poemar Poesia líquida é música. - Romance, conto, teatro, ensaio, crônica: Em Busca do Amor, Lânguida e Felina, O Globalicídio Brasileiro, A Semente do Milagre, Mártires da Imortalidade, A vida entre outras coisas, A Praça da República, O Banco da Praça, Ali Naquele Bar. Saiba na página Home.

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