Ferreira Gullar
Do intimismo à crítica da realidade política e social do país.
Preso, torturado e exilado pela Ditadura Militar.

Ferreira Gullar, um dos poetas mais importantes do Brasil e membro da Academia Brasileira de Letras, nasceu em São Luís, Maranhão, em 10 de setembro de 1930. Sua poesia vai desde aspectos intimistas até críticas da realidade política e social do país. Ele foi um dos fundadores do concretismo (Poesia Concreta) e do Neoconcretismo, além de se destacar no teatro, escrevendo peças premiadas.
Inicialmente influenciado por poetas modernos (Modernismo) como Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira, Gullar logo se tornou um adepto da estética moderna (Modernismo), publicando seu primeiro livro, “Luta corporal”, em 1954. Descontente com a Poesia Concreta, ele se tornou um dos pioneiros do movimento neoconcreto (Neoconcretismo) em 1959, escrevendo um manifesto e a “Teoria do não objeto”.
Além de inovar a poesia brasileira com formas como o “poema enterrado”, Gullar também se destacou em questões políticas, filiando-se ao Partido Comunista e lutando contra a Ditadura Militar de 1964. Ele foi preso, exilado em vários países e só conseguiu retornar ao Brasil em 1977, sendo preso novamente e torturado antes de ser libertado sob pressão internacional.
Durante seu exílio em Buenos Aires, ele escreveu o que é considerado sua obra-prima, “Poema Sujo“, um poema longo e impactante. Além da poesia, Gullar também contribuiu para o teatro, sendo um dos fundadores do Teatro Opinião, que resistia ao autoritarismo da época. Leia Traduzir-se, de Ferreira Gullar.
Ao longo de sua carreira, Gullar recebeu vários prêmios, como o Prêmio Jabuti e o Prêmio Camões, e foi indicado ao Prêmio Nobel de Literatura em 2002. Ele faleceu em 4 de dezembro de 2016, no Rio de Janeiro.
Suas obras incluem uma variedade de livros de poesia , peças de teatro, ensaios e fábulas. Gullar foi também membro da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira número 37, que já foi ocupada por figuras proeminentes como João Cabral de Melo Neto e Getúlio Vargas. Encontre aqui
luizbucalon


Um comentário
Luiz Bucalon
Muito obrigado por sua ilustre visita!