Júlia Lopes de Almeida
A educação, o divórcio, o direito ao voto às mulheres.
“A falência”, aborda a importância da autonomia feminina.

Júlia Lopes de Almeida foi uma escritora brasileira conhecida por suas obras realistas (Realismo) e naturalistas (Naturalismo) , em especial o romance A Falência, que aborda a importância da autonomia feminina. Nascida em 24 de setembro de 1862, no Rio de Janeiro, Júlia publicou seu primeiro texto aos 19 anos, incentivada pelo pai. Em 1884, começou a escrever para o periódico O País e em 1887, publicou seu primeiro livro em coautoria com sua irmã. Nesse mesmo ano, casou-se com o escritor português Filinto de Almeida.
Júlia Lopes de Almeida é considerada uma feminista, pois defendia a educação para as mulheres, o divórcio e o direito ao voto, além de refletir sobre o lugar da mulher na sociedade e no campo artístico. Durante sua vida, Júlia viveu em Portugal por duas vezes e foi uma das fundadoras da Liga pela Emancipação Intelectual da Mulher. Em 1934, faleceu no Rio de Janeiro, sendo redescoberta pela crítica especializada a partir dos anos 1980.
Embora tenha participado da fundação da Academia Brasileira de Letras em 1897, Júlia não ocupou uma cadeira na instituição devido à resistência de seus colegas. Somente em 1977, a ABL aceitou uma escritora entre seus membros, sendo a romancista (romance) Rachel de Queiroz a primeira mulher a ser imortalizada.
As obras de Júlia Lopes de Almeida apresentam características do Realismo e Naturalismo, com linguagem objetiva que privilegia a razão e a crítica social. Ela explorava o determinismo em suas narrativas, concentrando-se no momento presente. Algumas de suas obras mais conhecidas são A Falência, “A intrusa” e “Memórias de Marta”.
Para finalizar, algumas frases marcantes de Júlia Lopes de Almeida em seu romance A Falência ilustram sua visão sobre a vida e a sociedade. Júlia considerava a paixão pelo dinheiro como um equívoco e acreditava que o sentimento e a imaginação das mulheres só serviam para a dor. Encontre aqui
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