Resenha de Livros

O Navio Negreiro, de Castro Alves

A injustiça e a crueldade no tráfico de escravos.

A bandeira do Brasil, como pátria, manchada na infâmia.

O Navio Negreiro em “Os Escravos”, de Castro Alves, 1870.

O Navio Negreiro é um poema de Castro Alves que faz parte da obra Os Escravos. Escrito em 1870 em São Paulo, o poema retrata a triste situação dos africanos vítimas do tráfico de escravos em viagens de navio da África para o Brasil. Dividido em seis partes com metrificação (métrica) variada, o poema retrata a beleza do mar e do céu contrastada com a brutalidade e a falta de liberdade nos porões do navio negreiro.

Análise do poema O Navio Negreiro.

O poeta Apesar de sua crítica social, Castro Alves mantém seu patriotismo, clamando por uma intervenção divina para acabar com a infâmia. O poema ressalta a incompatibilidade entre a beleza do oceano e a escuridão do navio negreiro, criticando a crueldade do sistema escravagista.

Castro Alves fazia parte da terceira geração romântica (Romantismo), conhecida como geração Condor, e era conhecido como o “Poeta dos Escravos”. Inspirado por Victor Hugo, ele se envolveu com questões sociais, especialmente a abolição da escravatura. Seu engajamento político e literário contribuíram para o movimento abolicionista, que buscava acabar com a escravatura e o tráfico de escravos. O abolicionismo era influenciado pelo Iluminismo e pelas mudanças econômicas da industrialização.

O Navio Negreiro é uma poderosa crítica ao sistema escravagista e um apelo à humanidade e à liberdade. Com imagens poéticas e metáforas (estilística) impactantes, o poema de Castro Alves ressoa até os dias de hoje como um testemunho da injustiça e da crueldade do tráfico de escravos. Encontre aqui

luizbucalon

Luiz Carlos Bucalon, nasceu em 12 de março de 1964, na cidade de Maringá-Pr. Em 1980, lançou, em edição independente, o seu primeiro livro de poemas, "Câncer Amigo". Seguiu escrevendo poemas, crônicas, contos, ensaios, teatro, humor, biobibliografias e romance. Foram trinta e quatro títulos publicados, pelo então poeta marginal -- contemporâneo a Paulo Leminnski e outros expoentes. Bucalon, além de escritor e editor, foi também declamador, palestrante e divulgador de sua própria obra, de cidade em cidade, no Brasil e na Argentina. Seu mais recente livro, "Só Dói Quando Respiro", de poemas, é de 2021, publicado digitalmente em formato e-book. Obras (muitas também em espanhol) - Poemas: Câncer Amigo, A Palavra é um Ser Vivo, A Corsária e o Vento Santo, Roda Viva, Madá Madalena, Novas Asas, Um Lapso no Tempo, Uma que não vejo, Outra que não toco, Poema a Quatro Mãos (com Nice Vasconcelos), Escrever é coisa de louco, Bailarina Madrugada, Poeta de Ruas e Bares, Poemarte, Na Barra de Santos, Era eu naquele quadro, A Rosa e o Espinho, Dia Noite e Chuva Por onde Andaluzia, Poeta Cigano, Rodoviárias São Corredores, A poesia diz rimada, Poesia Presa no Espelho, Poema se faz ao poemar Poesia líquida é música. - Romance, conto, teatro, ensaio, crônica: Em Busca do Amor, Lânguida e Felina, O Globalicídio Brasileiro, A Semente do Milagre, Mártires da Imortalidade, A vida entre outras coisas, A Praça da República, O Banco da Praça, Ali Naquele Bar. Saiba na página Home.

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