Alma machucada, de Luís Fernando Ferreira Silva
Quem virá, nesta estrada vazia,
oferecer ao meu coração, o seu próprio coração?
Quem terá amor para subjugar a dor e curar minhas feridas?
O tempo não para,
as histórias se sucedem e se repetem sempre,
buscamos viver os mesmos sonhos insistentemente,
o amor e o amar, só conhecem dois caminhos,
só tem dois destinos,
ser feliz ou completamente triste.
Estou preso em um emaranhado de incertezas,
de pensamentos desfocados,
de uma solidão atroz,
desde o momento em que soltaste a minha mão,
para caminhar sozinha, desprotegida,
querendo conhecer além de mim,
querendo saber se além de mim,
pode existir um outro sentimento.
… E quando me vi completamente só,
gritei, bem do fundo da alma machucada,
o desespero que jamais pensei existir,
quando nos chega o desamor.
Luís Fernando Ferreira Silva