Que era uma era
De pedra
De poesia concreta
Era surreição na mata
A pedra era abrigo
O tempo era surdo
Cegueira era a treva
Na fenda da pedra
Em noite profunda
Que era arma afiada
Pedra em punho
Era espada
Que era pedra
Premonição
Briga entre pedras
Revolução
Faísca bendita
Fogo redenção
No fim da pedra Lascada
Que era pedra encardida
Em mãos calejadas
O corpo era plástico
O molde era a pedra
A arte era um grito
Na pedra rústica
Talhada em camadas
De rocha incrustada
A arte era um rito
Selvagem
Na tela rupestre
A pedra era o culto
Na Idade da Pedra
Que era pedra divina
De poesia endeusada
De sincretismo angular
Pedra era templo e luz
Pedra de Salomão
Pedra de Davi
Pedra túmulo ao pé da cruz
Cinturão, túnica e véu
Doze pedras, doze tribos
A um só grito consagrado
Pedra manto era Israel
Pedra, prenúncio do fim
De um mundo inenarrável
Pedras apocalípticas
Que era pedra sensível
De poesia humanizada
Sentinela dos portais
Morada dos sete chakras
Pedra amuleto e energia
Fortuna e quinhão de paz
Fala cristal, ônix e ágata
Quartzo verde e o rosa
Pedra que canta o amor
Citrino te leva ao próspero
Ametista espírito em flor
Gediel Pinheiro de Sousa
@gediel.poetaoficial
Luiz Carlos Bucalon, nasceu em 12 de março de 1964, na cidade de Maringá-Pr. Em 1980, lançou, em edição independente, o seu primeiro livro de poemas, "Câncer Amigo". Seguiu escrevendo poemas, crônicas, contos, ensaios, teatro, humor, biobibliografias e romance. Foram trinta e quatro títulos publicados, pelo então poeta marginal -- contemporâneo a Paulo Leminnski e outros expoentes. Bucalon, além de escritor e
editor, foi também declamador, palestrante e
divulgador de sua própria obra, de cidade em cidade, no Brasil e na Argentina. Seu mais recente livro, "Só Dói Quando Respiro", de poemas, é de 2021, publicado digitalmente em formato e-book. Obras (muitas também em espanhol) - Poemas: Câncer Amigo, A Palavra é um Ser Vivo, A Corsária e o Vento Santo, Roda Viva, Madá Madalena, Novas Asas, Um Lapso no Tempo, Uma que não vejo, Outra que não toco, Poema a Quatro Mãos (com Nice Vasconcelos), Escrever é coisa de louco, Bailarina Madrugada, Poeta de Ruas e Bares, Poemarte, Na Barra de Santos, Era eu naquele quadro, A Rosa e o Espinho, Dia Noite e Chuva Por onde Andaluzia, Poeta Cigano, Rodoviárias São Corredores, A poesia diz rimada, Poesia Presa no Espelho, Poema se faz ao poemar Poesia líquida é música. - Romance, conto, teatro, ensaio, crônica: Em Busca do Amor, Lânguida e Felina, O Globalicídio Brasileiro, A Semente do Milagre, Mártires da Imortalidade, A vida entre outras coisas, A Praça da República, O Banco da Praça, Ali Naquele Bar. Saiba na página Home.
5 Comentários
GEDIEL PINHEIRO DE SOUSA
Obrigado Blog Casa do Poeta pela publicação de mais um poema meu… Brigadoooooooo Luiz Bucalon pelo seu trabalho incansável na divulgação pela literatura e principalmente pelo acolhimento aos novos autores.
Luiz Bucalon
Um grande abraço amigo poeta!
Lucia de Fátima Borba de Souza
Parabéns, pelo belo poema Gediel.👋👋👋👋👋
Eduardo Bandeira
Parabéns, meu amigo pelo belíssimo poema.
Carlo Taglialegna
Parabéns Gediel! Lindo poema!