A Nossa Poética

Não existem facas no ar, de Luiz Bucalon

O Muro que Nos Separa: Uma Reflexão sobre Isolamento e Cura

Por que você tem dificuldade de ser mais amistoso e até mesmo romântico?
Do que você tem medo? Por que se proteje tanto a ponto de se distanciar das pessoas?
Você tem medo do quê?
Será que é porque você já sofreu no passado?
Está certo, agora ninguém mais se aproxima, e o preço é o isolamento de tudo e de todos. Você agora é uma ilha: é você cercado de nadas por todos os lados.

Você precisa do quê? De amor, afeto ou algo que lhe satisfaça alguma necessidade?
Bem, se você não falar ninguém saberá, não é fato?
A maioria das pessoas quase sempre querem ajudar, mas se você não expressar o que vai dentro de você, como elas saberão?
Abra-se ao mundo, à vida, às pessoas sem nada esperar. Ao fechar o seu coração, tudo em volta também se fecha para você.
As experiências passadas, por piores que tenham sido, não justificam agora suas ações. Passado e presente são tempos diferentes. Não permaneça ancorado no passado. Deixe o passado no passado. “Deixai que os mortos enterrem seus mortos”.
Se você quer ouvir “eu te amo”, diga antes também “eu te amo”!

Se você precisa de algo ou alguém mais além de você mesmo, diga, abra o seu coração e tente ser esse algo ou alguém mais para outro também.
Não olhe para trás para que não se transforme numa estátua de sal amarga e dura.
Eu reconheço suas dores, mas senão parar de cutucá-las com o tridente da memória, elas não serão saradas e nem cicatrizadas. Lembre-se: as cicatrizes que levamos são patrimônio de lutas e vitórias e não motivos de amargor e ressentimento.
É só falando sobre o ferimento que aparece o medicamento. Cure e deixe-se curar.
Abra-se ao universo, assim como a flor que se abre somente para perfumar!

luizbucalon

Analisando as palavras de Luiz Bucalon e a busca por conexão humana.

Introdução:

O poema de Luiz Bucalon, “Não existem facas no ar”, nos convida a uma profunda reflexão sobre a natureza humana, o isolamento e a busca por conexão. Através de versos intensos e carregados de emoção, o autor explora as feridas do passado e a dificuldade de se abrir para o mundo. Neste post, vamos mergulhar nas entrelinhas desse poema, analisando seus significados e convidando você a refletir sobre suas próprias experiências.

Análise do Poema:

O poema de Luiz Bucalon nos apresenta um indivíduo que se encontra em um estado de isolamento, protegido por um muro que ele mesmo construiu. As perguntas “Do que você tem medo?” e “Por que se protege tanto?” revelam uma profunda insegurança e a crença de que o mundo exterior é hostil.

O autor explora a ideia de que o passado pode ser um fardo, impedindo o indivíduo de viver plenamente o presente. A frase “Deixai que os mortos enterrem seus mortos” ecoa como um chamado para deixar para trás as dores e ressentimentos.

A Importância da Conexão Humana:

O poema nos mostra a importância da conexão humana para a nossa saúde emocional. Ao se isolar, o indivíduo priva a si mesmo da oportunidade de receber e dar amor, afeto e apoio. A frase “Se você quer ouvir “eu te amo”, diga antes também “eu te amo” é um convite para quebrar o ciclo de isolamento e se abrir para a reciprocidade.

Perguntas para Reflexão:

— Você se identifica com algum dos sentimentos expressos no poema?
— Quais são os muros que você construiu ao seu redor?
— Como o passado influencia suas relações com as pessoas?
— O que te impede de se abrir para o mundo e para as pessoas?
— Como você encara as suas cicatrizes emocionais?

Convite à Ação:

Compartilhe suas reflexões nos comentários abaixo. Ao compartilhar suas experiências, você pode inspirar outras pessoas e encontrar apoio em sua jornada de autoconhecimento.

Nasci em Maringá-Pr., no dia 12 de março de 1964. Em 1980 publiquei o primeiro livro, Câncer Amigo e em 2021 o trigésimo quinto publicado digitalmente em formato e-book.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *