Conceição Evaristo
Experiências de opressão e marginalização.
Romance “Ponciá Vicêncio”.
Conceição Evaristo é uma escritora de origem pobre e de etnia negra, cujos textos abordam a experiência de opressão e marginalização, com um forte foco na valorização da memória ancestral. Ela publicou seus primeiros textos literários na série Cadernos Negros e seu primeiro romance, Ponciá Vicêncio, foi publicado em 2003.
Conceição Evaristo nasceu em 29 de novembro de 1946, em uma favela em Belo Horizonte, Minas Gerais. Em 1973, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde cursou Letras na UFRJ, fez mestrado em Literatura brasileira na PUC Rio e doutorado em Literatura Comparada na UFF. Em 1958, ela ganhou seu primeiro prêmio literário ao vencer o concurso de redação da escola. Aos 17 anos, aderiu ao movimento da Juventude Operária Católica e mudou-se para o Rio de Janeiro após concluir o Curso Normal.
Em seus textos, Conceição Evaristo aborda a temática dos marginalizados, negros e/ou pobres, mulheres, que refletem a história de sua vida. Não são textos autobiográficos, mas sim o resultado de sua experiência de exclusão e observação da realidade brasileira.
Ela também fala sobre o início de sua vida escolar em um ambiente escolar marcado por práticas pedagógicas excelentes para alguns e nefastas para outros. Essa experiência a levou a trabalhar como empregada doméstica para concluir o Curso Normal aos 25 anos.
Até o momento, Conceição Evaristo publicou as seguintes obras literárias: Ponciá Vicêncio (2003), Becos da memória (2006), Poemas de recordação e outros movimentos (2008), Insubmissas lágrimas de mulheres (2011), Olhos d’água (2014), Histórias de leves enganos e parecenças (2016) e Canção para ninar menino grande (2018).
Seu romance mais famoso, Ponciá Vicêncio, retrata a história da protagonista que vai para a cidade grande em busca de uma vida melhor. O livro aborda a questão da ancestralidade e da memória desde o nascimento de Ponciá, ressaltando a opressão histórica e a marca da escravidão em seu sobrenome.
A autora possui uma obra poética marcada pela valorização da ancestralidade negra, da memória e da experiência de opressão. Seus poemas “Vozes-mulheres”, “Da calma e do silêncio” e “Certidão de óbito” refletem a força da voz feminina, a importância da memória e a realidade da vida negra no Brasil, com um tom otimista em relação à nova geração de mulheres negras.
Essa é uma breve explanação sobre quem é Conceição Evaristo, suas principais obras e características marcantes em sua produção literária. Encontre aqui
luizbucalon
Luiz Bucalon
Luiz Carlos Bucalon, nasceu em 12 de março de 1964, na cidade de Maringá-Pr. Em 1980, lançou, em edição independente, o seu primeiro livro de poemas, "Câncer Amigo". Seguiu escrevendo poemas, crônicas, contos, ensaios, teatro, humor, biobibliografias e romance. Foram trinta e quatro títulos publicados, pelo então poeta marginal -- contemporâneo a Paulo Leminnski e outros expoentes. Bucalon, além de escritor e editor, foi também declamador, palestrante e divulgador de sua própria obra, de cidade em cidade, no Brasil e na Argentina. Seu mais recente livro, "Só Dói Quando Respiro", de poemas, é de 2021, publicado digitalmente em formato e-book. Obras (muitas também em espanhol) - Poemas: Câncer Amigo, A Palavra é um Ser Vivo, A Corsária e o Vento Santo, Roda Viva, Madá Madalena, Novas Asas, Um Lapso no Tempo, Uma que não vejo, Outra que não toco, Poema a Quatro Mãos (com Nice Vasconcelos), Escrever é coisa de louco, Bailarina Madrugada, Poeta de Ruas e Bares, Poemarte, Na Barra de Santos, Era eu naquele quadro, A Rosa e o Espinho, Dia Noite e Chuva Por onde Andaluzia, Poeta Cigano, Rodoviárias São Corredores, A poesia diz rimada, Poesia Presa no Espelho, Poema se faz ao poemar Poesia líquida é música. - Romance, conto, teatro, ensaio, crônica: Em Busca do Amor, Lânguida e Felina, O Globalicídio Brasileiro, A Semente do Milagre, Mártires da Imortalidade, A vida entre outras coisas, A Praça da República, O Banco da Praça, Ali Naquele Bar. Saiba na página Home.