Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga
Acusado de conspiração, preso e condenado ao degredo.
Dirceu lembra da beleza de Marília ao descrever a masmorra.

“Marília de Dirceu” é um famoso livro de poesia escrito pelo poeta árcade (Arcadismo) Tomás Antônio Gonzaga no século XVIII. A obra retrata o amor idealizado entre Dirceu e Marília em Vila Rica. Pertencente ao Arcadismo brasileiro, o livro combina características do gênero lírico e narrativo, com Dirceu atuando como narrador e eu lírico. A história não segue um enredo linear, mas apresenta fragmentos da relação entre Dirceu e Marília, com declarações de amor constantes por parte de Dirceu.
Dirceu elogia a beleza e perfeição de Marília, comparando-a a uma divindade e descrevendo como se apaixonou por ela. No entanto, enfrenta a resistência de Marília em corresponder ao seu amor. Utilizando alegorias, Dirceu expressa seu amor e acredita que enquanto Marília estiver viva, o amor também estará vivo.
Mesmo estando preso, Dirceu continua a expressar seu amor por Marília na segunda parte da obra. Ele descreve a masmorra em que se encontra, mas se lembra da beleza de Marília e a aconselha a aproveitar o tempo antes que a idade roube sua beleza e saúde.
Na terceira parte, ocorre a despedida entre Dirceu e Marília, com Dirceu partindo sem vê-la. A obra é narrada por Dirceu, alternando entre os gêneros lírico e narrativo.
Tomás Antônio Gonzaga, autor da obra, nasceu em Portugal, mas viveu boa parte de sua vida no Brasil. Ele foi acusado de conspiração, preso e condenado ao degredo em Moçambique.
A história retratada em “Marília de Dirceu” ocorre antes da Inconfidência Mineira, uma conspiração em Minas Gerais inspirada pelos ideais iluministas. A obra é considerada uma das mais importantes do Arcadismo brasileiro, com características como pastoralismo, idealização do amor e referências greco-romanas.
Tomás Antônio Gonzaga é conhecido como um dos maiores poetas neoclássicos brasileiros, com uma escrita mordaz, crítica e audaciosa. Além de “Marília de Dirceu”, suas principais obras são “Liras” e “Cartas Chilenas”.
Em resumo, “Marília de Dirceu” é um poema autobiográfico que retrata o amor proibido entre Gonzaga e Maria Joaquina Dorotéia Seixas. A obra mescla características do Arcadismo com uma emoção pré-romântica, exaltando a natureza e personagens pastoris. Gonzaga é considerado um dos maiores poetas do Arcadismo brasileiro e oferece um registro da época em que viveu. Encontre aqui
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